Por Francisco Progênio
Parte I
Uma noite
destas eu estava sem fazer nada e comecei a pensar nas amizades que fiz durante
a vida e cheguei à conclusão que terei de trocar alguns de meus amigos e
colegas. Sério! Percebi que alguns são um verdadeiro atraso de vida. Só pra
vocês terem uma ideia, vou citar três situações constrangedoras a que já fui
submetido por estes.
Primeiro caso:
Certa vez eu estava conversando com um amigo que conhecia desde a infância, e
este me falava sobre a realização do aniversário de 1 ano de seu primeiro
filho. Triste, este contava que queria fazer uma festa, mas se fosse convidar
todo mundo que conhecia e gostava não teria como bancá-la, por isso me
perguntou: “Progênio, eu não tenho condições de fazer uma festa pra 200 pessoas,
então tava pensando em convidar apenas os amigos mais próximos e importantes. O
que você acha? Será que o pessoal que eu deixar de fora vai ficar triste?”.
Respondi: “Claro que não. Se forem realmente seus amigos eles vão entender.” E
ele saiu aliviado. O problema é que meu nome era o primeiro da lista dos NÃO
CONVIDADOS. E eu achando que ele iria me convidar para ser o padrinho do
menino. É mole?! O bom da história é que economizei o dinheiro do presente.
OREMOS.
Parte II
Segundo caso:
Em outra oportunidade eu estava em um evento longe de casa, não sei quantos mil
anos luz, na companhia de alguns amigos. Ao final do referido evento uma amiga
chegou pra mim e disse: “Progênio, tu vai de quê pra casa? Vem comigo que te
dou uma carona.” Pensei: “Tô com sorte”. Do nada, outro amigo também me
ofereceu carona: “Progênio, tu quer ir comigo? Vou ter que passar pelo teu
bairro mesmo. Deixo você na porta da tua casa.” Pensei: “Sorte em dobro. Credo!
Tem alguma coisa errada”. Em dúvida entre as duas caronas acabei aceitando a da
moça, pois esta havia se oferecido primeiro. Ao dispensar a carona do segundo,
ele ainda me indagou: “Tem certeza que não quer ir comigo?! Vou te deixar na
porta de casa.” Respondi: “Tenho sim, vou com ela”. Até aí tudo bem. O problema
é que quando chegamos na metade do caminho a dita moça parou o carro e falou:
“Aproveita que o sinal tá fechado e desce do carro, porque eu vou virar aqui
pra poder ir pra casa”. Surpreso, pensei: “Oi?!”. Resultado: ela me deixou na
metade do caminho de casa e foi embora. Ainda bem que sou um rapaz calmo,
compreensivo, sereno e não fiquei com raiva. EU FIQUEI FOI COM ÓDIO! Rapaz, eu
fiquei com tanto ódio, mas tanto ódio, que fui andando pra casa o resto do
caminho todinho. O LOUCO! A pessoa me faz perder uma carona que iria me deixar
em casa e ainda me larga no meio do caminho. “Pode isso, Arnaldo?!”
OREMOS.
Parte III
Terceiro caso:
Em outra oportunidade estava conversando com uma colega e do nada esta me
convidou para a festa de aniversario dela. Detalhe: com 2 meses de
antecedência. Perguntei: “Tudo bem, mas onde vai ser a festa?” Ela respondeu:
“Ainda não sei, mas que vai ter vai, e você é primeira pessoa que convido”.
Lisonjeado falei: “Obrigado. Só peço que quando chegar à véspera você me avise
em qual lugar será realizada a comemoração”. De pronto esta concordou. Embora
meu orçamento para presentes já estivesse fechado para o exercício de 2012,
decidi que seria uma gafe muito grande eu ter sido o primeiro a ser convidado
e, talvez, o único a não levar um presente para ela. Então resolvi comprar algo
parecido com ela. Escolhi e comprei. Até aí tudo bem. O problema é que a data
do aniversário estava chegando e fiquei com a impressão de que ela estava
evitando falar comigo. Pensei: “Deve ter acontecido alguma coisa e ela não
conseguiu fazer a festa e tá com vergonha de falar”. Partindo dessa premissa,
acalmei o coração e levei tudo na esportiva. MAS num belo dia, ao abrir o
Facebook, adivinhem qual foi a primeira coisa que vi?! Ela postou uma ruma de
fotos da festa de aniversário. Tinha até um bolo que ia de uma parede a outra
da casa. Ainda bem que sou um rapaz calmo, compreensivo, sereno e não fiquei
com raiva. EU FIQUEI FOI COM ÓDIO! Rapaz, eu fiquei com tanto ódio, mas tanto,
que até hoje não entreguei o presente dela. Ainda tá aqui comigo. Às vezes
penso em entregar pra ela, às vezes penso em dar pra alguma outra amiga ou
colega, haja vista que é um presente de mulher. Enfim, ainda não sei o que
fazer com este presente.
OREMOS.
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