Algumas coisas estranhas estão tão presentes no nosso cotidiano, que ficamos acostumados e não damos a elas a devida atenção, se é que merecem atenção alguma. Eu, por exemplo, andei meio acanhado em perceber certos fatos. Mas agora, não sei bem por que, talvez por curiosidade ou mero prazer do ócio eventual, me peguei a perceber essas nuances, que ocorrem à larga em nossa capital, predispondo-me a comentá-las. Umas, por não entendê-las; outras, porque são engraçadas; mas todas por diversão de quem não tem o que fazer mesmo.
Veja bem o caso desta placa de “vende-se esta casa”, na Invasão da Embratel, bairro São Francisco. Onde está a casa? Será que foi vendida e removida? Neste caso a placa seria bem literal. Fiquei curioso, mas não encontrei ninguém pra perguntar.
Esta outra, tão curiosa quanto a primeira, porém mais hilária, chama a atenção pelo insólito do aviso. Está localizada no bairro Chico Mendes. E seu autor é o Andeson (assim mesmo, sem o R). Segundo ele, não tinha sossego porque todos os dias batiam à sua porta perguntando-lhe se ele queria vender o terreno. Chateado com a situação, resolveu confeccionar a pérola abaixo. Agora, continua sem sossego porque passam o dia inteiro ligando perguntando-lhe: “Tu não vende mesmo não, Andeson?” Por que ele não tira a placa ou simplesmente o número do celular? Depois de dois minutos de conversa, percebi que o humor de Andeson não lhe permitia responder mais uma pergunta. Não arrisquei. RS!
Dizem que a propaganda é a alma do negócio. Mas se alguns negócios dependerem de algumas propagandas, creio que irão de mal a pior... ou irão para alguma-outra-coisa que eu não entendi, a julgar pela expressão facial da proprietária do estabelecimento, localizado na Invasão do Caladinho, quando lhe perguntei o porquê de ela não vender banana se o nome do estabelecimento era “Casa da Banana”. Quase que ela deu uma “banana” pra gente. Saímos de lá como chegamos, curiosos, e com outra incerteza: será que tinha “frango, salsicha e calabresa”?
Outro caso inusitado é o dessa porta, no bairro Wanderley Dantas. Procurei explicação, mas até agora estou sem entender. Terá sido mera distração do engenheiro? Não o encontrei para perguntar. A construção está abandonada. E os moradores? Houve algum? Se houve, morreram lá dentro por não poderem sair ou desistiram de morar lá por não poderem entrar?
Ah! (pronunciado com êxtase) O Monumento da Praça da Revolução! Esse é o meu preferido. Por quê? Porque pra tudo há uma explicação. Menos pra isso! Que os sábios e os amantes das artes ininteligíveis perdoem a minha ignorância, mas o que é isso? Alguém sabe me dizer o que é? Alguém me explica, pelo amor de Deus!
E, para finalizar, nenhuma coisa me causou mais inquietação que essa. É o caso da escultura no Parque da Maternidade. Com todo o respeito que tenho pelos nossos povos nativos, essa escultura parece uma índia mal talhada. Que me perdoem os escultores, os amantes daquele tipo de arte e outros mais, mas aquela esdrúxula escultura é de lascar e não reflete a imagem da mulher acreana, tampouco de qualquer indígena da terra. Talvez reflita a imagem do tamanho do ego de quem a idealizou e o preço que pagou por ela. E o pior: como o nosso dinheiro.
Para essa, pelo amor de Deus!, eu não preciso de explicação!
Wallace Rocha
6 comentários:
Essa do Wanderley Dantas é a melhor, juntamente com essa estátua do "Majin Boo Acreano" lá da maternidade! Tenho uma aqui de uma escada que não vai dar em local algum! kkkkkk...
Coisas do Acre, Marcelo! Nossas pérolas são melhores do que as dos japoneses e seu animê ドラゴンボールZ (Doragon Bōru Zetto), Dragon Ball Z para os acreanos!
魔人ブウ (Majin Boo)?! Essa é boa! KKKKKKKKKKKKKKK!
Deixa eu explicar o tal "monumento à revolução": por estar, talvez, um pouco preso às linhas tradicionais da arte,o nome pensador não enxergou a grandeza da obra, digamos, revolucionária...rsrrsrs
É provável, Dayana, é provável... RS!
Tem um quadro na rádio aldeia que se chama "papo ou história", de acordo com ele a escultura é uma alusão às árvores usadas pelos capangas dos seringalistas para atocaiar os seringueiros que saíam dos barracões com saldo. Os capangas faziam um buraco, como aquele da escultura, e escondiam-se atrás da árvore, quando o seringueiro passava o capanga punha a espingarda pra fora do buraco, matava e ficava com os trocados do coitado do seringueiro.
Tenho um palpite pra "gorda" da maternidade: a escultura reflete (olha o embuste) ou melhor remete à época em que não havia tv no Acre. Por isso uma mulata cafuza (negro x índio) com um muleque nas costas e outro na barriga. rsss
Ah! Bom!... Agora sim! Estou um pouco mais sabido... RS! Jokebed é cultura! Valeu, Joke! Mas a índia... sei não, hein! Continua sendo de lascar! RS!
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