Um pouco de história
Famosa por sua seção naturista e também por ter sido escolhida para sediar o 31º Congresso Internacional de Naturismo da FNI (Federação Internacional de Naturismo), que ocorreu em 2008, com votação realizada durante o 30º Congresso Internacional de Naturismo que ocorreu na cidade de Cartagena, na Espanha, em setembro de 2006, Tambaba, que venceu com expressiva votação a região concorrente (Calábria, Itália), passou definitivamente para o circuito intenacional dos praticantes do nudismo, sendo a primeira praia do Brasil a permitir o naturismo por lei municipal. Está situada no município do Conde-PB, a aproximadamente 37km da capital João Pessoa.
O congresso do qual Tambaba foi sede é um evento bianual, e sediá-lo é algo comparável a sediar uma olimpíada, tendo em vista o grau de importância do evento no cenário mundial.
Com isto, Tambaba entrou para a história do Naturismo mundial, já que é a primeira área Naturista do Hemisfério Sul e a primeira área Naturista da América Latina a sediar um evento deste porte.
Em Tambaba o naturismo é gerenciado pela Sociedade Naturista de Tambaba (SONATA), que organizou uma série de normas de conduta ética, de modo a garantir um padrão de comportamento na praia. Dentre as normas, destacamos a proibição de filmagens ou fotografia, sem autorização; a obrigação de nudez total para entrar na seção naturista e a proibição total de qualquer comportamento ou práticas sexuais, condutas estas relacionadas com o Código de Ética Naturista.
Visitando Tambaba
Logo à entrada, depois de tomada a decisão de que embarcaríamos no Naturismo, o fiscal de praia nos advertiu:
“Vocês sabem como são as regras, não sabem?”
Passou pela minha cabeça devassa fazer uma brincadeira e perguntar:
“E existem regras? RS!”
Mas me contive e mantive a boca fechada.
O fiscal continuou:
“Aqui é o seguinte: a partir deste ponto é todo mundo nu! Mas vejam bem, disse ele, é um ambiente bem familiar, de respeito!”
Pensei então, com um sorriso estampado na face: “É claro! Quem sou eu pra duvidar?!”
Olhei pra um lado e pro outro. Havia um senhor que esperava a sua senhora bem ao meu lado direito. Um pouco mais à frente, um casal bem jovem. Ambos nus!
Eu, ainda de sunga, próximo a uma escadaria que dá acesso ao setor naturista, comecei, acreditem, a ficar envergonhado; não porque estava prestes a ficar como eu tinha vindo ao mundo, mas por ainda ser o único indivíduo vestido em meio a tanta gente pelada, inclusive minhas acompanhantes! Só eu era o diferente!
“Vamos!” – disseram elas.
E eu, obediente que sou, fui.
Entramos... Silêncio...
Em seguida risos desmedidos de todos nós!
Foi muito estranho e engraçado ao mesmo tempo.
Passados 15 minutos, o cérebro se acostuma, a tensão alivia, o preconceito se esvai, e tudo passa a parecer como se fosse a coisa mais natural do mundo. E de fato, é isso mesmo: a coisa mais natural do mundo.
Pra resumir numa única frase: Lugar lindo, espetacular, paradisíaco!
Ficamos lá por mais ou menos uma hora e meia e saímos revigorados.
O que vimos e fizemos por lá? Ahhh! Isso eu não posso dizer não! RS! Fica por conta da imaginação de vocês!
A história pós-Tambaba:
O primeiro comentário com tom de inquisição que ouvimos quando dissemos que visitamos Tambaba foi:
“Não acredito! Vocês entraram?! Meu Deus do Céu!” – tudo isso, é claro, acompanhado de mão na boca e de olhos bem arregalados em sinal do mais profundo espanto.
“Temos fotos!” – dissemos.
“Não acredito de novo!” – foi a resposta.
Mostramos as fotos e ouvimos:
“É montagem! As fotos estão muito comportadas!”
“Querem o que mais?!” – perguntamos.
Obtivemos apenas espanto como resposta.
Paciência, então...
De qualquer modo, conosco é assim: matamos a cobra e as aranhas, mas... mas não mostramos o pau. Aí já é demais!
Brincadeiras à parte, o lugar é mesmo um paraíso, no estilo Adão e Eva, só não sei dizer se bem antes ou bem depois de comerem a maçã! Em Tambaba, não deu muito pra me ligar na história bíblica.
E agora, para os meus leitores não duvidarem que estivemos lá, vou mostrar apenas duas fotos. Esse coqueiro aí embaixo nas pedras e a plaquinha na área de nudez são as únicas coisas peladas que vocês vão ver, naturalmente. Afinal de contas, temos um nome a zelar! RS!
Ficaram curiosos?!
Quem quiser conhecer Tambaba, aconselho a visita. Valeu a pena. Ah! E tirem suas próprias fotos, porque as minhas vocês não verão! JAMAIS! RS!
Até a próxima.
Wallace Rocha
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