domingo, 23 de setembro de 2012

Campanha Eleitoral



Um político está andando tranquilamente quando é atropelado e morre. Quando chegou do outro lado, encontrou um ancião que lhe disse:
Filho, estava a sua espera. Seja bem-vindo ao Paraíso! Antes que você entre, porém, há um probleminha: raramente vemos parlamentares por aqui, então não sabem bem o que fazer com você. É certo que aqui você pode fazer uso do seu livre arbítrio. Portanto, hoje vou mandá-lo ao inferno para que passe o dia lá. Amanhã o mandarei para o Céu. Na volta você me dirá onde quer ficar.
Ah! – disse o político – Claro que quero o céu!
Não!... para decidir, primeiro você tem que passar pelos dois...
O político, então, desolado, bateu à porta do inferno. Que surpresa! Quem veio lhe atender foi o capeta em pessoa, um senhor muito gentil, que o levou para uma sala enorme, o acomodou numa poltrona de veludo e lhe disse para ficar à vontade que voltaria logo.
Ali a cerveja rolava, tinha muita comida e mulheres lindíssimas. A mais bela de todas aproximou-se e, de modo carinhoso, disse-lhe:
Venha, fique aqui conosco, participe.
Ele não podia acreditar naquilo... Caiu na farra e pensava: “lá na Terra tá todo mundo deixando de “curtir” por medo de ir para o inferno! Não acredito nisso! Quer saber de uma coisa? Vou ficar por aqui mesmo, o Céu deve de ser uma chatice, com anjinhos tocando harpa etc e tal... uma monotonia só!”
Lá pelas tantas o capetão apareceu e lhe disse:
Bem, acabou o seu tempo. Espero que o senhor faça uma boa escolha e fique com a gente...
Claro, disse ele... Só não vou ficar de uma vez porque é contra o regulamento, mas não vou demorar nadinha no Céu. Amanhã, antes da hora do almoço, estarei por aqui. – disse lançando olhares de promessa para a moça que o recebeu.
À saída do Inferno, lá estava o ancião.
Filho, – disse-lhe ele – amanhã bem cedo você vai para o Céu passar o dia lá.
No dia seguinte lá se foi ele; e aconteceu como previra: o Céu realmente era uma droga. Lá estavam os tais anjinhos anêmicos, tocando as suas monótonas harpas, enquanto algumas senhoritas envoltas em mantos brancos cantavam melodias celestiais. Ele não teve dúvidas: elogiou daqui, fez um agrado dali, deu uma disfarçadinha e saiu fora. Ufa!, afinal se livrara mais fácil do que imaginara. Não via a hora de ir para o inferno!
Quando saiu, lá estava, à porta, outra vez, o ancião, que lhe disse:
E aí, filho, pensou bem? Cuidado para não escolher errado.
Fique tranqüilo. – disse – Nunca tive tanta certeza de algo. Quero ir para o inferno!
Bem, só me resta lhe desejar boa sorte.
Com as faces em brasa e o coração aos pulos, ele bateu outra vez à porta do inferno. Desta vez não foi o mesmo capeta, simpático, que veio atendê-lo, muito pelo contrário, era um sujeito mal vestido e com cara de poucos amigos, que o mandou sentar numa cadeira velha e aguardar.
Dali dava para ver a sala onde estivera e, para a sua decepção, não havia mais nada do que vira. No lugar das belas mulheres agora havia um balcão sujo e um monte de gente na fila para receber um mísero pedaço de pão, enquanto a capetada mal encarada dizia: “vamo andando, minha gente, que inda tem muito trabaio!”
Resolveu perguntar. Na primeira chance chamou um sujeito que passava e lhe disse:
Psiu, por favor, diga-me uma coisa. Eu estive aqui ontem e estava muito diferente do que está agora. O que aconteceu?
É fácil de explicar. – disse-lhe o outro – Até ontem estávamos em campanha eleitoral, agora já conseguimos o seu voto!





sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Apenas uma Fábula



        Esta é a fábula de um alto executivo que, estressado, foi ao psiquiatra. Relatou ao médico o seu caso. O psiquiatra, experiente, logo diagnosticou:
      ─ O senhor precisa se afastar por duas semanas da sua atividade profissional.   O conveniente é que vá para o interior, se isole do dia a dia e busque algumas atividades que o relaxem.
            Então o nosso executivo procurou seguir as orientações. Munido de vários livros, CDs e laptop, mas sem o celular, partiu para a fazenda de um amigo. Passados os dois primeiros dias, o nosso executivo já havia lido dois livros e ouvido quase todos os CDs. Continuava inquieto. Pensou então que alguma atividade física seria um bom antídoto para a ansiedade que ainda o dominava.
            Chamou o administrador da fazenda e pediu para fazer algo. O administrador ficou pensativo, viu uma montanha de esterco que havia acabado de chegar e disse ao nosso executivo:
          ─ O senhor pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será preparada para o cultivo.
            O administrador pensou consigo: “Ele deverá gastar uma semana com essa tarefa”.
            Ledo engano.
            No dia seguinte o nosso executivo já tinha distribuído o esterco por toda a área.
            O administrador então lhe deu a seguinte tarefa: abater 500 galinhas com uma faca.
            Essa foi fácil! Em menos de 3 horas já estavam todas prontas para serem depenadas.
            Pediu logo uma nova tarefa.
            O administrador então lhe disse:
        ─ Estamos iniciando a colheita de laranjas. O senhor vá ao laranjal levando três cestos para distribuir as laranjas por tamanho: pequenas, médias e grandes.
        No fim daquele primeiro dia o nosso executivo não retornou. Preocupado, o administrador se dirigiu ao laranjal. Viu o nosso executivo com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios, falando sozinho:
            ─ Esta é grande. Não, é média. Ou será pequena?
            ─ Esta é pequena. Não, é grande. Ou será média?
            ─ Esta é média. Não, é pequena. Ou será grande?
           
Moral da história: Espalhar merda e cortar cabeças é fácil. O difícil é tomar decisões. Mais difícil ainda é tomar as decisões certas. Pois, às vezes, revestidos de arrogância ou ignorância, pensamos estar fazendo o certo quando estamos fazendo o errado, e tomamos decisões absurdas simplesmente por não sabermos o que fazer.


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Época de eleição: é sempre bom lembrar!


ANTES DA POSSE

Nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE
Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O Barbeiro



               O florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo. Após o corte, perguntou ao barbeiro o valor do serviço, e o barbeiro respondeu:
            - Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
            O florista ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.
            Mais tarde, no mesmo dia, veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:
            - Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
            O padeiro ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.
            Naquele terceiro dia veio um político para um corte de cabelo. Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:
            - Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
            O político ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de políticos fazendo fila para cortar cabelo.  
            Essa é a diferença entre os cidadãos e os políticos.
            "Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão." (Eça de Queiróz)